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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Da Redação - Entrevista: Inspetor Regional Euclides Conradim, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD (Final)

16 – A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo possui programa de orientação ao uso de drogas, álcool e tabaco voltado ao publico interno? Como são tratados os profissionais que possuem dependência química? O tema faz parte da grade curricular de formação de novos integrantes?


Recentemente formou o Programa 1º Passo, coordenado pelo DTOS – Divisão Técnica de Saúde da SMSU - Casa de Atenção com parceria com A.A. - Alcoólicos Anônimos, Comunidade Terapêutica Familiar, Guarda Civil Metropolitana: SOP – Superintendência de Operações e SUPLAN – Superintendência de Planejamento, GEPAD – Grupo de Educação e Prevenção às Drogas, que terá por objetivo realizar ações com os profissionais da GCM visando a recuperação dos mesmos, e a realização de ações preventivas para o público interno.

A equipe do GEPAD recebe muitas solicitações de colegas da GCM com necessidade de orientação e encaminhamentos, o que temos colaborado, é sumamente importante o desenvolvimento de programas voltados para a saúde dos GCM’s, pois além deste problema existem muitos outros problemas relacionados à saúde nossos GCM’s.

Temos intenção de realizar ações preventivas nas Unidades da GCM, visando a prevenção e servir de elo para que nossos integrantes possam receber orientação e apoio, e aliados ao Programa 1º Passo encaminhá-los para tratamento especializado, pois as medidas adotadas nas Unidades da GCM, são na sua grande totalidade medidas administrativas disciplinares.

A última turma formada pelo CFSU não teve a disciplina Drogas, e segundo informes esta disciplina teria sido englobada na disciplina de Técnicas Operacionais.

Em reuniões pedagógicas com o CFSU, solicitamos o retorno desta disciplina e segundo informes seria concedido quatro horas aulas para o retorno da disciplina no curso de formação. Não temos como afirmar como ficou a grade curricular do próximo curso de formação da GCM.

17 – A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo está inserida nos Programas “Braços Abertos”, “Crack é Possível vencer!”, “Guardiã Maria da Penha” e “Mediação de Conflitos”, voltadas a população em situação de risco, vítimas de violência doméstica e conflitos interpessoais privados, o Senhor concorda com a inserção dos Órgãos de Segurança nessas ações? Elas auxiliam o desenvolvimento social?  

- Sim, com o advento da filosofia de Polícia Comunitária a Guarda Civil Metropolitana tem que estar mais próxima da sociedade, juntos ficamos mais fortes e encontramos as respostas e agiremos com mais facilidade no enfrentando das dificuldades e situações que possam advir.

- No caso dos Programas “Braços Abertos”, Crack “é possível vencer”, a Guarda Civil realiza relevante serviço à municipalidade, garantindo a proteção dos agentes públicos no exercício de suas funções, realizando ações preventivas e educativas, através da Ação Comunitária do GEPAD  - Grupo de Educação e Prevenção às Drogas e da Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda, pois o efetivo operacional não consegue abranger todos os próprios municipais que apresentam problemas de segurança, mais especificamente voltado às questões de uso, abuso e tráfico de drogas no ambiente da municipalidade.

- Guardiã Maria da Penha é um projeto inovador e necessário à proteção das mulheres com medidas protetivas, a GCM – Guarda Civil Metropolitana promove a proteção de pessoas, e proteger a este público é de fundamental importância, pois sabemos a deficiência do estado com relação ao atendimento destas necessidades, e a GCM demonstra que está evoluindo em suas ações e divulgando o seu lado inovador, comunitário e expressando seu lema de Amiga, Protetora e Aliada da população, o que muito nos alegra, pois as ações beneficiarão as pessoas indefesas e consideradas mais frágeis neste ciclo de violência doméstica.

- Mediação de Conflitos é a prestação de serviços da GCM por integrantes capacitados em resolução pacífica de conflitos, onde a GCM se destaca pela inovação e atuação comunitária, atendendo aos mais variados conflitos, desde que não caracterizados como crimes, e principalmente restabelecendo ou restaurando a amizade das partes em conflito, este é o maior prêmio ao GCM mediador promover a cultura da paz, Pois o mediador não só foca no problema em si, mas busca compreender o conflito e solucionar pela raiz do problema.

- Então, concluo que estas ações auxiliam o desenvolvimento social.

18 – Que orientação o Senhor pode oferecer às famílias que possuem dependentes químicos? 

1-Inicialmente o diálogo como ferramenta para auxiliar, para orientar, para encontrar as respostas.

2-Apoio familiar é fundamental para a recuperação do dependente químico, entender que ele é um doente que não possui controle sobre si mesmo, não tem controle sobre sua dependência, que agredi-lo, xingá-lo, ofendê-lo não é a melhor resposta, poderá desencadear um processo negativo que o levará ainda mais para este caminho das drogas.

3-Encaminhá-lo e acompanhá-lo para ajuda médico especializada (CAP’s AD – Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas, N.A. - Narcóticos Anônimos, A.A. - Alcoólicos Anônimos, CRATOD – Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas, HSPM - Hospital do Servidor Público Municipal, DTOS – SMSU - Divisão Técnica de Saúde da SMSU, Hospital Santa Casa, entre outros). Procurar conhecer tudo sobre esta doença, e juntamente com o doente participar do tratamento, a família não sabe, mas muitas vezes é co-dependente do doente e necessita de ajuda especializada.

4-Se a dependência ainda está nos seu estágio inicial, um tratamento ambulatorial é o começo, pode ser num CAP’s AD. Se já teve várias recaídas, e complicações sérias de relacionamento, o casos é de certa gravidade, a internação em hospital psiquiátrico é indicada.

5-Ajuda espiritual, religião, independente de qual seja o credo do dependente, importante participar de um grupo social positivo, que inspire fé, determinação, que o auxilie a recuperar sua autoestima, e que o auxilie a não fica mal acompanhado.

6-Ocupação para evitar a ociosidade, desenvolver atividades voluntárias, participar de atividades culturais, artísticas, musicais, entre outras.

7-Evitar pessoas e locais que tem relação com o uso de drogas, pois são grandes indutores para a recaída e retorno à dependência, pois o dependente ainda não possui domínio de suas vontades, e o menor fraquejo o levará a perder tudo que conquistou com muito esforço e tempo.

8-Mudança de comportamento é fundamental, pois a recuperação depende de mudança de atitude e determinação.

9-Frequentar locais saudáveis fortalecerá sua decisão pela qualidade de vida, e reforçara sua iniciativa de ficar bem.

10- Realizar atividades que produzem autoestima, trabalhos voluntários.

11- Enquanto há vida, há esperança, nunca desistir, sempre buscar as respostas e insistir mesmo que o dependente tenha recaído, as recaídas fazem parte do processo da cura, importante não desistir. A cura da dependência química é o controle, manter a doença em estado latente, evitando “cutucá-la”, com uma nova dose da droga, pois a recaída será imediata e trará todos os transtornos novamente, necessários ser abstêmio para o resto da vida, sendo necessário muito domínio de si mesmo.

12- Colocar na mente que “é um doente em recuperação”, quando assim o faz, o dependente sabe que não pode ter contato com a droga, se ele se considerar plenamente curado achará que pode usar a droga, e logo recairá, então a estratégia é considerar-se um doente em recuperação, logo estou doente, logo não posso utilizar–se da droga.

13- Procurar verificar as experiências de pessoas que passaram por este problema e estão recuperados, quais caminhos tomarão, o que as ajudou, importante saber para aplicar e ou adaptar para o dependente em questão.

19 – O Senhor é favorável a legalização das drogas de menor poder ofensivo?

Totalmente contrário a legalização de qualquer droga psicoativa para fins de obtenção de prazer químico artificial. Parece que ser contra a legalização da maconha é ser antiquado, não moderno, ultrapassado, como se tudo pudesse ser liberado, permitido, mas peço a atenção dos leitores para ficarem atentos com as informações, analisarem os aspectos científicos de especialistas renomados e não de pessoas que possuem interesses ocultos, existe um trabalho de alguns setores da mídia e de algumas pessoas e até autoridades que tentam formar a opinião pública para esta linha de raciocínio, é importante discernirmos as consequências futuras e os interesses que estão por detrás destas intenções. Será que não são “oportunistas” e ou “espertalhões” que querem promover este caos social ara lucrar, tirar proveito da situação ? Será que eles estão pensando seriamente na saúde das pessoas ? Se houver a legalização da maconha, fatalmente outras drogas serão legalizadas com o mesmo viés de argumentação, seja o de liberdade de escolha do indivíduo, que as drogas industrializadas não fazem tanto mal para saúde, entre outros aspectos. Como já dissemos anteriormente seria importante visitarmos pessoalmente uma “cracolândia” para verificarmos como ficam as pessoas dependentes químicas, quais os desdobramentos que estas pessoas têm em suas vidas, muitas se prostituem, outras entram no mundo do crime, praticam pequenos furtos e roubos, participam do tráfico de drogas, visando adquirir dinheiro para comprar a droga. 

Será que é isso que queremos para a nossa sociedade ?

20 – Qual a mensagem final que o Senhor gostaria de transmitir aos nossos leitores?

Quando estive na “cracolândia” e vi de perto as pessoas enfermas, dependentes químicas, assemelhando-se a pessoas hipnotizadas, cegas com relação à própria condição de vida devido aos transtornos causados pela dependência, tive a convicção do quanto é importante a prevenção, de quanto é importante a família, de quanto é importante a educação, de quanto é importante as políticas públicas para a população mais carente, de quanto é importante a saúde, de quanto é importante ter o conhecimento e oportunidade para fazer boas escolhas, e de que estas pessoas nestas condições de vulnerabilidade social e doentes são exemplos que marcam a minha vida em aprendizado, e me fortalecem em nunca desistir e motivar as pessoas, os jovens, as famílias, os educadores, os demais representantes de outros setores da sociedade em realizar a prevenção ao uso, abuso e dependência de drogas.

Que os pais estejam presentes na educação de seus filhos, que promovam o diálogo, que demonstrem seu sentimento de afeto, de amor, que imponham limites e disciplina nos momentos necessários de correção e orientação, que conversem com seus filhos sobre as consequências das drogas, que os ensinem sobre valores da vida, respeito a si mesmos e ao próximo, que hes ensinem alguma religião para que depois de adultos façam suas próprias escolhas, que lhe deem bons exemplos de pais responsáveis, que evitem de usar drogas na frente deles, sejam as bebidas alcoólicas, seja o cigarro ou outra droga qualquer, que sejam referências, modelos positivos para seus filhos, que ensinem a eles a lutarem por um mundo melhor. E que diante de uma derrota nunca desistam, pois são elas que nos tornam fortes, amadurecidos, mais resistentes e preparados para a vida, sempre recomeçar, nunca desistir ou retroceder. Se por ventura surgir um dependente químico em nossa vida, buscar as respostas, os caminhos, insistir e conduzi-lo para os tratamentos e auxílios necessários. O mundo é uma grande escola, façamos parte da “corrente do bem”, a um grande campo de oportunidades de trabalho para todos nós, seja voluntário, seja no serviço público, enfim, as oportunidades de auxiliar alguém qualquer que seja o tipo de auxílio existe para todos nós, façamos a “diferença”, essa frase me lembra a história de um jovem que sozinho numa praia com um balde com água nas mãos recolhia todas as estrelas do mar que se encontrava fora da água, pois as estrelas do mar fora da água elas morrem, e incansavelmente ele as socorria, e um homem elegante vestido que por ali passava chamou este garoto e indagou a ele: _ Ei garoto, olha a imensidão deste mar, olha a quantidade de estrelas do mar espalhadas na praia? O garoto não lhe deu atenção e continuou seu trabalho. Novamente o homem não se contentou e perguntou ao garoto: _ Por que fazes isto ? O garoto olhou nos olhos do homem e respondeu após pegar uma estrela do mar em suas mãos: _ Para esta aqui eu fiz a “diferença”! O homem retirou-se, foi para casa, à noite em seu leito não conseguiu dormir, pensava no garoto e na cena que lhe tocava. No dia seguinte, o homem vestiu uma bermuda, uma camiseta, um chinelo, pegou um balde e foi de encontro ao garoto e juntos, retiravam as estrelas do mar da areia e devolviam-nas de volta ao oceano, dando vida a elas. 

Reflexão: Assim somos nós, em algum momento de nossas vidas poderemos fazer a diferença para alguém, seja na família, seja no trabalho, seja na sociedade junto a um desconhecido, seja num encontro extraordinário com alguém, através de um simples gesto, apenas ouvir, aconselhar, orientar, socorrer, encaminhar, dar um pedaço de pão, fazer parte de uma ação voluntária, ser útil em algum lugar, produzir o nosso melhor onde estivermos, poderemos fazer a diferença para alguém, termino deixando esta reflexão de que em algum lugar poderemos fazer a diferença para alguém, basta apenas “boa vontade e atitude”, e sempre fazer o nosso melhor pelo nosso próximo.

Qual é a tua obra de vida ? 
Qual o seu legado ?

Importante colocarmos nosso tijolo na construção de nossa obra. 

Nós todos somos a história da GCM-SP.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Da Redação - Entrevista: Inspetor Regional Euclides Conradim, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD (Parte III)

11 – A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo foi pioneira na criação do Departamento de Educação e Prevenção ao Uso de Drogas - DEPAD, que foi extinto em 2008, porque isso ocorreu? A Corporação necessita de um Departamento com essas características?  Qual o papel das Guardas Municipais na problemática das drogas? Quais as principais ações ou projetos da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo sobre o tema?

- O DEPAD foi extinto por questões políticas, pois todo político quer ser lembrado como autor e ou criador de determinada ação ou projeto, que deve acontecer em sua gestão, como o DEPAD - Departamento de Educação e Prevenção ao Uso de Drogas já existia, os gestores políticos da gestão passada simplesmente extinguiram um Departamento de altíssima relevância neste cenário de aumento de consumo e tráfico de drogas, sejam elas, lícitas e ilícitas, não esquecendo de mencionar que os integrantes do DEPAD encaminharam e auxiliaram muitos colegas de instituição e familiares para tratamento médico especializado, pois nós somos a sociedade e também somos vulneráveis a este mal do século, mas acreditamos que o público mais importante e que necessita de proteção e amparo são as nossas crianças e adolescentes, principalmente aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade social e são residentes nas áreas periféricas, onde há ausência de políticas públicas para a juventude.

- Sim, a Guarda Civil Metropolitana necessita de um Departamento de Educação e Prevenção ao Uso de Drogas, observamos a dificuldade dos colegas em desenvolver suas ações socioeducativas nas escolas e demais instituições, pois a GCM possui inúmeras atividades, muitas vezes apresentam problemas de falta de transporte e de meios, então seria melhor que os integrantes pudessem ter sua Unidade própria para suprir a equipe com os recursos necessários e auxiliá-los no desenvolvimento de suas  ações, sem interromper as ações, ocupando-se com outras atividades operacionais, o que não viabiliza os atendimentos. O Departamento poderá promover  o desenvolvimento das atividades em âmbito externo, e poderá também atender os colegas e familiares da GCM nestas situações, além de promover a capacitação e o aperfeiçoamento dos profissionais da GCM, principalmente aqueles que prestam serviços nas escolas e no Programa Crack “é possível vencer”.

- As Guardas Municipais tem como papel proteger a população de seus municípios em especial nos espaços e repartições públicas municipais, e se assinaram convênio com o governo federal e aderiram no Programa Crack “é possível vencer” deverão realizar a capacitação do efetivo em Polícia Comunitária e tópicos especiais de policiamento e ações comunitárias, monitorar os usuários e servidores, visando garantir a integridade física dos mesmos quando do exercício de suas atividades, para que estes profissionais possam criar vínculo com os dependentes de crack para encaminhá-los ao setor médico competente e tratar de suas enfermidades, através da redução de danos. Se as Guardas Municipais possuírem grupos especializados em prevenção às drogas poderão contribuir realizando ações socioeducativas junto aos alunos de escolas, junto aos educadores, aos familiares dos alunos, e aos demais representantes dos mais variados setores da sociedade. Poderão ainda, realizar policiamento fixo e rondas motorizadas junto às instituições e locais que apresentam índices de vulnerabilidade social que levam para esta problemática, visando inibir o tráfico de drogas, e em sendo o caso realizando as prisões necessárias.

Acredito que a capacitação e aperfeiçoamento profissional dos integrantes da GCM do programa de Proteção Escolar tem que ser diferenciado com mais conteúdo voltado às questões que englobam os problemas que afetam as escolas como: prevenção às drogas, bulling, violência doméstica, relações interpessoais, mediação de conflitos, ECA, Direitos Humanos, Polícia Comunitária, entre outros, e a atuação mais próxima e participava da comunidade escolar: alunos, educadores, famílias, rede proteção escolar.

- A GCM tem ações e projetos que podemos citar: AÇÃO COMUNITÁRIA DO GEPAD – GRUPO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO ÀS DROGAS NA APLICAÇÃO DO PROJETO LUZ – PROJETO SOCIOEDUCATIVO E COMUNITÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA E PREVENÇÃO ÀS DROGAS, AÇÃO COMUNITÁRIA CRIANÇA SOB NOSSA GUARDA, MEDIAÇÃO DE CONFLITOS.


1- PROJETO LUZ - PROJETO SOCIOEDUCATIVO DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS - APLICAÇÃO PELO GRUPO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO ÀS DROGAS DA GCM - GEPAD

Trata-se de um grupo de integrantes da GCM especializados na prevenção universal, prevenção primária e secundária, que atuam nas escolas e demais segmentos sociais, como igrejas, ONG’s, Instituições que assistem jovens em situação de vulnerabilidade, entre outras.

Nas escolas, a equipe do GEPAD atua com os seguintes objetivos:

1- Na implantação de projeto, programas e ou ações de promoção de qualidade de vida para a prevenção às drogas;

2- Sensibilização, orientação e capacitação dos professores com conhecimentos necessários para auxiliá-los na implantação do projeto na escola e para auxiliá-los em atuar como agentes multiplicadores da prevenção às drogas;

3- Sensibilização, informação, orientação, e desenvolvimento do senso crítico dos alunos com relação às consequências das drogas, enfocando com mais ênfase os fatores de proteção, objetivando colaborar na formação de cidadãos, protagonistas de sua qualidade de vida de saúde;

4- Esclarecimento, orientação, sensibilização e reflexão sobre a responsabilidade dos pais e ou familiares com relação à educação dos filhos, enfocando a importância da estrutura familiar, do diálogo, do afeto, da educação, do modelo e exemplo dos pais, do fortalecimento da relação pais e filhos, com ênfase nos fatores de proteção;

5- Assessoramento e consultoria às escolas e corpo do docente, para realizar a implantação de projetos, programas e ou ações de qualidade e vida direcionados aos alunos com envolvimento dos educadores e comunidade;

6-  Orientação e encaminhamento de usuários de drogas / dependentes à rede de proteção, seja, para tratamento especializado, entre outras ações pertinentes. 

7-  Orientação os familiares sobre a doença dependência química, sobre os locais de atendimento e sobre como a família lida com o apoio e  recuperação dos dependentes, e ou tratamento dos usuários, e como poderemos fomentar a ampliação e fortalecimento da rede de parcerias frente aos problemas sociais que afetam a sociedade.

12 – Quais os objetivos do projeto “Criança sob nossa Guarda”?  Ele se restringe aos equipamentos públicos? O que deve ser feito para participar do projeto? 

A AÇÃO COMUNITÁRIA CRIANÇA SOB NOSSA GUARDA atende prioritariamente as escolas municipais que atende às crianças e pré-adolescentes, mas atende com seu Teatro de Bonecos a qualquer segmento social, cujo público seja o infanto-juvenil. Necessário que seja realizado um contato via telefone ou via e-mail, ofício podendo ser através:

1-SUPLAN – Email: econradim@prefeitura.sp.gov.br - Fone: 3396-5841 - Contato Inspetor Regional Conradim;

2-COL – Comando Operacional Leste – Email: gcmcoladm@prefeitura.sp.gov.br - Fone: 2042-4299 contato Inspetora Luzmeire

3-Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda - CD Carlos – Parque do Carmo – Espaço Educacional da GCM – Portão 3 - Fone: 2042-4299 contato Inspetora Luzmeire

O Projeto Criança Sob Nossa Guarda é um projeto socioeducativo de cultura da paz para a infância e juventude que visa atuar na prevenção da violência e criminalidade, com ações preventivas voltadas para o público infanto-juvenil, abordando temas transversais, objetivando colaborar na formação de cidadãos.

O projeto é desenvolvido por integrantes que possuem perfil de educadores que aplicam estratégias pedagógicas lúdicas que facilitam a criação de vínculos e a transmissão das informações e ensinamentos.

O projeto visa atingir os seguintes objetivos específicos:

- Conscientizar as crianças da necessidade de preservarmos o meio ambiente e o patrimônio público.
- Conscientizar as crianças e os adolescentes sobre qualidade de vida.
- Educar nossas crianças para o trânsito, os pedestres de hoje serão os motoristas do amanhã.
- Alertar os jovens do perigo sobre prevenção às doenças contagiosas, sobre doenças sexualmente transmissíveis, sobre gravidez indesejável.
- Preparar os jovens para situações de emergências.
- Despertar nas nossas crianças o espírito de civismo, cidadania, solidariedade, companheirismo, respeito aos mais velhos, amor pela natureza, amor ao próximo e acima de tudo amor à vida.

Público alvo: alunos, crianças e adolescentes.

Utiliza-se de quinze horas aulas junto aos alunos.

Metodologia: O processo se dá através da utilização das diferentes linguagens de comunicação e da ludicidade, onde, com atividades esportivas, teatros de bonecos, gincanas, passeios, brincadeiras e outros, o Guarda Civil Metropolitano tem a oportunidade de exercer suas funções educativas, ampliar o universo simbólico da criança e do adolescente, estabelecendo vínculos e limites que contribuirão para a formação de um sujeito emancipado.

Recursos pedagógicos:  Ludicidade, Áudio Visual, Gincanas, Brincadeiras, Cartilhas, Pintura, Palavras Cruzadas, Caça Palavras, Música, Teatro, Passeios.

13 – Como funcionam as Casas de Mediação da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo? Há casos envolvendo o uso de drogas e álcool?

A Casa de Mediação é mais um serviço da Prefeitura da Cidade de São Paulo que visa estimular as pessoas em situação de conflito à busca de resolução pacífica para os de desentendimentos. 

Assistidos por um mediador imparcial, especialmente treinado para garantir um ambiente seguro e justo, onde as pessoas possam participar ativamente do processo de resolução de seus próprios problemas por meio do diálogo, estimulando o restabelecimento das relações de convivência entre as partes em conflito.

Todas as pessoas residentes na cidade de São Paulo podem requerer os serviços de mediação da rede, bastando demonstrar o interesse na resolução de seus problemas de forma rápida e sem burocracia, desde que não configure crime. 

A mediação é realizada com o auxílio de profissionais habilitados, num ambiente propício ao diálogo, visando a obtenção de uma solução por consenso.

Articulada com os demais órgãos do poder público local e com as demais forças atuantes na comunidade, as Casas de Mediação de Conflitos podem receber demandas oriundas das mais diversas origens, sempre que as causas dos conflitos possam ser tratadas fora da esfera judicial.

O objetivo da Rede Municipal de Mediação de Conflitos é contribuir para o estabelecimento de uma cultura de paz, auxiliando as pessoas a resolverem seus problemas sem o emprego da força ou da violência, garantindo assim a cidadania a todos os que optarem por essa modalidade de serviço público, contribuindo para uma maior rapidez na solução de controvérsias entre as pessoas, e contribuindo para um menor número de encaminhamentos às Delegacias, Tribunais e a outros serviços públicos indevidamente.

Poderão ser encaminhados às Casas de Mediação problemas tais como: Perturbação de sossego, brigas de vizinhos, queixas de barulhos, intolerâncias, entre outros tipos de conflitos. Fatos considerados como crimes, não comportam mediação.

Os serviços estarão à disposição em 31 endereços das Unidades da Guarda Civil Metropolitana.. O serviço é totalmente gratuito, não havendo necessidade de advogado, e o sigilo e a privacidade, bem como o voluntariado são garantias oferecidas.

O cidadão poderá obter informações diretamente nesses locais ou por meio do telefone da SUPLAN – Coordenação da Mediação Inspetor Guilherme, fone 3396-5841.

Além de realizar a pacificação das partes, os mediadores de conflitos orientam e encaminham pessoas com necessidades especiais, no caos atendem dependentes químicos e alcoolistas, familiares desorientados recebem instruções e são encaminhados aos locais especializados, pois a mediação de conflitos possui uma rede de parceiros para troca de experiências e direcionamento para estes serviços da população necessitada.

Endereços das Casas de Mediação:

Sé - Praça da Sé (Próximo Metrô Sé) - Telefone: (11) 3101-8784

Campo Limpo - Rua Manoel José Pereira, nº. 300 - Jd. Gismar - Telefone: (11) 5511-4053

Vila Mariana - Rua Capitão Macedo, nº. 553 - Telefone: (11) 5086-0711

Ibirapuera - Avenida República do Líbano (Portão 7) - Telefone: (11) 5573-1329

Santo Amaro - Rua Darwin, nº. 221 - Telefone: (11) 5687-2514

Santana - Praça Heróis da FEB - Telefone: (11) 2221-4962

Pinheiros - Rua Dr. Frederico Hermann Júnior, nº. 653 - Telefone: (11) 3813-0106

Mooca - Rua Taquari, nº. 635 - Telefone: (11) 2081-1844

Itaquera - Avenida Prof. João Batista Contil, nº. 285 - Telefone: (11) 2522-8592

Guaianases - Rua Fernandes Palero, nº. 301 - Telefone: (11) 2555-2043

São Miguel - Avenida Pires do Rio, nº. 1349 - Telefones: (11) 2051-6495/(11) 2051-8826

Vila Prudente - Rua Iamacaru, nº. 131- Telefone: (11) 2703-0855

Ipiranga - Rua Breno Ferraz do Amaral, nº. 415 - Telefones: (11) 5058-3323/ (11) 5073-0799

Freguesia do Ó - João Luís Calheiros, nº. 40 - Telefones: (11) 3921-8003/(11) 3921-9931

Parelheiros - Avenida Sadamu Inoue, nº. 5.252 - Telefone: (11) 5921-4217

M’ Boi Mirim - Rua Tuparoquera, nº. 2220 - Telefone: (11) 5894-4625/5920-0236

Jaçanã/Tremembé - Rua Adauto Bezerra Delgado, n°. 210 - Telefone: (11) 2991-1732

Butantã - Praça João Pisani, nº. 449 Telefone: (11) 3721-2671

Bom Retiro - Avenida Santos Dumont, nº. 767 - Bom Retiro - Telefones: (11) 3313-7792 / 3313-1685

Consolação Pacaembu - Rua João Guimarães Rosa s/n. – Telefone: (11) 3159-3733

Lapa - Rua Major Paladino, nº: 180 – Vila Leopoldina – Telefones: (11) 3801-4206/ 3801-4224 

Perus - Rua Ilídio de Figueiredo, nº. 492 – Perus – Telefones: (11) 3919-2584/3919-2585/3919-2586

Vila Maria/Vila Guilherme - Travessa Simis, nº. 09 – Carandiru – Telefones: (11) 2221-4353/2221-5116/2223-0228 

Casa Verde/ Cachoeirinha - Rua Xiró, nº. 266 Telefone: (11) 3966-5557 

Aricanduva - Praça Aroldo Daltro – Telefone: (11) 2295-9953

Cidade Ademar - Rua Sebastião Afonso, nº 828 - Telefone (11) 5622-2159

Capela do Socorro - Avenida Atlântica, nº: 2.450 - Telefone: (11) 5523-3278

São Mateus - Praça Tanque do Zunega, 31 – Jardim Roseli - Telefone: (11) 2731-6970

Penha - Rua das Províncias, 218 - Vila Marieta - Telefone: (11) 2957-9637

Pirituba/Jaraguá - Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, nº. 5.093 - Telefone: (11) 3974-9635

Itaim Paulista - Avenida Marechal Tito, nº. 3.012 - Telefones: (11) 2586-3117/(11) 2584-3824

14 – Quais as diretrizes do “Projeto Luz”?

1- PROJETO LUZ - PROJETO SOCIOEDUCATIVO DE QUALIDADE DE VIDA E PREVENÇÃO ÀS DROGAS - APLICAÇÃO PELO GRUPO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO ÀS DROGAS DA GCM - GEPAD

Trata-se de um grupo de integrantes da GCM especializados na prevenção universal, prevenção primária e secundária, que atuam nas escolas e demais segmentos sociais, como igrejas, ONG’s, Instituições que assistem jovens em situação de vulnerabilidade, entre outras.

Nas escolas, a equipe do GEPAD atua com os seguintes objetivos:

1- Na implantação de projeto, programas e ou ações de promoção de qualidade de vida para a prevenção às drogas;

2- Sensibilização, orientação e capacitação dos professores com conhecimentos necessários para auxiliá-los na implantação do projeto na escola e para auxiliá-los em atuar como agentes multiplicadores da prevenção às drogas;

3- Sensibilização, informação, orientação, e desenvolvimento do senso crítico dos alunos com relação às consequências das drogas, enfocando com mais ênfase os fatores de proteção, objetivando colaborar na formação de cidadãos, protagonistas de sua qualidade de vida de saúde;

4- Esclarecimento, orientação, sensibilização e reflexão sobre a responsabilidade dos pais e ou familiares com relação à educação dos filhos, enfocando a importância da estrutura familiar, do diálogo, do afeto, da educação, do modelo e exemplo dos pais, do fortalecimento da relação pais e filhos, com ênfase nos fatores de proteção;

5- Assessoramento e consultoria às escolas e corpo do docente, para realizar a implantação de projetos, programas e ou ações de qualidade e vida direcionados aos alunos com envolvimento dos educadores e comunidade;

6- Orientação e encaminhamento de usuários de drogas / dependentes à rede de proteção, ou seja, para tratamento especializado, entre outras ações pertinentes. 

7-Orientação os familiares sobre a doença dependência química, sobre os locais de atendimento e sobre como a família lida com o apoio e recuperação dos dependentes, e ou tratamento dos usuários, e como poderemos fomentar a ampliação e fortalecimento da rede de parcerias frente aos problemas sociais que afetam a sociedade.

I-Diretrizes do GEPAD nas escolas para aplicação do Projeto Luz:
1- Sensibilização da Direção Escolar
2- Diagnóstico da Escola
3-Implantação do Projeto Luz 

II-O Projeto Luz será aplicado nas escolas por meio de quatro módulos:

1º Módulo:  Educadores - Curso de capacitação de agentes multiplicadores objetivando capacitá-los para realizarem a implantação de projeto de prevenção na escola;

2º Módulo: Reunião com pais e familiares para orientação, esclarecimento e discussão sobre os fatores de risco e fatores de proteção, objetivando fortalecer a relação pais e filhos.

3º Módulo: Reunião com os alunos, visando desenvolver o senso crítico dos jovens com relação aos efeitos das drogas na saúde, na família e na sociedade, colaborando na formação de cidadãos que buscam melhor qualidade de vida.

4º Orientação aos familiares e dependentes de álcool e outras drogas sobre o que fazer e sobre o tratamento médico especializado na rede de atenção às drogas – CAP’s AD, Comunidades Terapêuticas, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos.

5º Módulo: Assessoria à unidade escolar na implantação de projeto de prevenção e fortalecimento da rede de proteção às crianças e adolescentes.

Durante os atendimentos, caso surja alguma solicitação de orientação e auxílio para dependente de álcool e outras drogas, a equipe do GEPAD orienta e encaminha estas pessoas para receber ajuda especializada. A abordadgem é humanizada, empática e com objetivo de auxiliar a pessoa, seja ela jovem ou adulto, para tratamento junto às instituições especializadas, CAP’s AD, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Comunidades Terapêuticas, e outras.

O GEPAD atende qualquer segmento da sociedade, adaptando-se à necessidade da instituição solicitante, direciona suas ações expositivas, oficinas, e ou ações sociopedagógicas visando atender as instituições.

Participa ainda, de SIPAT’s e outros tipos de solicitações.

Contatos para solicitação:

Solicitações:
SUPLAN – Email: econradim@prefeitura.sp.gov.br
Fone: 3396-5841 / 5858 / 5860
Coordenador das Ações Comunitárias da GCM-SP
Inspetor Regional Conradim

1-GEPAD COL – Comando Operacional Leste 
Email: gcmcoladm@prefeitura.sp.gov.br
Fone COL: 2042-4299 contato Inspetora Luzmeire
GEPAD COL: GCM Firmino, GCM Donizete, GCM Eugênio e GCM Torres.

2-GEPAD COOC – Comando Operacional Oeste Centro
Email: gcmcoocadm@prefeitura.sp.gov.br
Fone COOC: 3978-5110 / 3976-8936 contato Inspetor Arnaldo
GEPAD COOC: GCM Nilson

15 – Como funciona o Programa “De Braços Abertos”?

O nome De Braços Abertos foi escolhido em assembleia realizada no ponto de apoio criado bem antes da desmontagem da favela, com participação dos próprios usuários em 14 de janeiro de 2014.

O programa De Braços Abertos – iniciativa da prefeitura de São Paulo que oferece moradia, emprego, alimentação e tratamento a dependentes químicos. 

Iniciado em janeiro deste ano, após acordo com moradores de 147 barracas que ocupavam as ruas Helvetia e Dino Bueno, o De Braços Abertos atende, atualmente, 422 beneficiários cadastrados. Por meio do programa, prefeitura oferece moradia em oito hotéis, três refeições diárias, oportunidade de emprego com renda de R$ 15 por dia, além de tratamento contra o vício com acompanhamento.

Até junho a prefeitura realizou mais de 28 mil atendimentos de saúde aos dependentes químicos, que hoje ocupam oito hotéis da região. De janeiro a junho foram 1.333 atendimentos médicos aos usuários do programa, 764 atendimentos médicos de rotina e outros 2.020 realizados pelas equipes multidisciplinares. Além disso, foram realizadas 7.183 abordagens em hotéis da região, outras 1.987 na tenda instalada e mais 11.474 no chamado “fluxo”, onde alguns usuários se concentram para consumir drogas.

As equipes de saúde bucal já realizaram 125 tratamentos e outros 135 atendimentos foram realizados em ações coletivas. As 12 unidades e serviços de saúde da região, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Complexo Prates e o da Sé, fizeram juntas 987 atendimentos desde o início do programa. Outras 634 pessoas foram encaminhadas ao Consultório de Rua.

O programa agora passa por um processo de descentralização da política pública iniciada na região do bairro da Luz conhecida como Cracolândia incluindo as subprefeituras da Vila Mariana, Lapa, Santo Amaro, Santana e Cidade Tiradentes, com adaptações conforme as características de cada região.

Crimes em baixa – Os índices de criminalidade registrados na Cracolândia caíram no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Crimes como furtos gerais e furtos de veículos diminuíram, respectivamente, 32,3% e 47,4% na comparação entre os primeiros seis meses de cada ano.

Os dados são do Sistema de Informações Criminais (Infocrim), da Secretaria Estadual de Segurança Pública, com base nos registros em 14 ruas da região. A queda coincide com a implementação do Programa De Braços Abertos, que também tem a GCM-SP com efetivo neste local, policiando 24 horas diuturnamente.

Nesta área de cenas de uso “cracolândia, os agentes de saúde e serviço social atuam diariamente aplicando a metodologia de redução de danos, e a GCM participa com um policiamento fixo reforçado, onde várias viaturas com guarnições são estacionadas em todo o perímetro da cracolândia, o que colaborou na redução destes índices de criminalidade. O objetivo da GCM é o de manter uma sensação de segurança para que os agentes sociais e de saúde possam trabalhar com tranquilidade, assim como, os agentes de zeladoria urbana. Mas a GCM-SP possui um elevado índice de atendimento de ocorrências que vão desde ações sociais, de prestação de ocorro, como de crimes de furto, roubo, agressão e captura de presos. 

Carteira assinada - Em agosto, 16 participantes do De Braços Abertos, assinaram contrato de trabalho com a empresa de limpeza Guima. As pessoas tiveram a carteira de trabalho assinada e fazem serviços de limpeza em Centros de Referência de Assistência Social, com jornada diária das 7h às 16h45, de segunda a sexta-feira. Recebem salário de R$ 820,00 por mês, vale-refeição de R$ 9,00 por dia, cesta básica no valor de R$ 78 e vale-transporte.

Clique para acessar a entrevista: 




sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Da Redação - Entrevista: Inspetor Regional Euclides Conradim, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD (Parte II)

6 – A Lei nº 13.343/2006, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, flexibilizou o uso de drogas ilícitas, relacionando o uso pessoal a quantidade, eximindo a obrigatoriedade de indicação de sua procedência, o que parece um contra-senso, ao trazer penas pesadas ao tráfico, não falta equilíbrio nessa relação? O que precisa ser alterado na legislação?

Resposta- No artigo 28, § 2º, a lei 11.343/2006 diferencia o indivíduo que porta droga para consumo do traficante com as seguintes diferenças:  Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente”.
Observo que a análise dos operadores do direito será não somente na quantidade, mas num conjunto de circunstâncias e fatores, como: o local; os antecedentes do indivíduo; as circunstâncias sociais e pessoais nas quais ele se encontrava no momento da abordagem; e à conduta do indivíduo na situação, fatores que levará à autoridade policial realizar um pré-julgamento do indivíduo com relação ao porte e ou tráfico, atestando que ele é usuário ou traficante.
Agora com relação a obrigatoriedade de indicação de sua procedência, está é uma lacuna ausente na legislação, seria importantíssimo que fosse prevista na legislação, que todo usuário e traficante citasse a localização do fornecedor como parte de atenuação da penalidade prevista. Esta providência prevista na lei contribuiria e muito em ações efetivas ao combate ao tráfico ilícito de drogas, e contribuiria na diminuição do tráfico.

7 – Nos últimos anos temos observado um conflito de competências entre Estado e Município, principalmente na Cidade de São Paulo, especificamente na Região Central conhecida como “Cracolândia”, em que o Ex-Prefeito Gilberto Kassab e atual Prefeito Fernando Haddad avaliam que as ações sociais esbarram no combate ao tráfico que seria de competência exclusiva das Policias Civil e Militar, por outro lado, o Governador Geraldo Alckmin sinaliza que faltam políticas públicas locais, pois, quando há intervenção policial se constata que em a maioria dos envolvidos são usuários e não traficantes, ambos são unânimes em afirmar que falta controle fronteiriço, que facilita a entrada de drogas no país, transferindo responsabilidade ao Governo Federal, o que ocorre na avaliação do Senhor? Precisamos de leis mais rígidas ou de ações sociais?

Respostas- Precisamos de uma ação mais global e mais fortalecida no quesito de ação intersetorial, ou seja, mais união de esforços, combinando todas as forças num objetivo comum, pois observamos que os órgãos estão trabalhando, mas necessita de mais aproximação entre todos, visando encurtar as distâncias, necessita de mais conjunto, reuniões constantes de discussões de trabalho, e para tanto julgo ser necessário que os três eixos do Programa Crack “é possível vencer” sejam efetivados com mais vontade, determinação, investimento e efetividade por todos os atores envolvidos nestas políticas. Os eixos são:
  1. Eixo Autoridade: direcionado aos órgãos de segurança pública que trata da repressão aos traficantes de drogas;
  2. Eixo Prevenção: que trata da prevenção através da educação e demais atores para realizar ações preventivas, principalmente ao público infanto-juvenil;
  3. Eixo Cuidado: que trata das ações sociais e ações de saúde para tratar e reinserir na sociedade os dependentes químicos, e estes eixos o preconizam o cumprimento da Lei Federal 11.343/2006.
Todas as ações são importantes, tratar os dependentes químicos, em especial, estes que além de doentes encontram-se em situação de rua, o que gera outros agravantes para a sociedade e para os próprios dependentes.

Necessária a construção de uma política de estado que seja permanente, intersetorial e com forte investimento do poder público, e que além de todas estas ações interdisciplinares, que os dependentes além destas ações, tenham continuidade em seus tratamentos, o importante é o depois, ou seja, quando o dependente tem alta de internação, ou encerra o seu período das comunidades terapêuticas, ou recebe toda a assistência de uma equipe multiprofissional, necessitará de uma continuidade de assistência e direcionamento para retorno à sua família, e ou encaminhamento ao mercado de trabalho, mas sabemos das dificuldades de aceitação deste público, devido à própria condição de exclusão social, da própria doença dependência química, e do preconceito e discriminação social, criando obstáculos maiores, mas que não impossíveis de serem vencidos, mas é necessário a força popular aliada com todos os setores da sociedade, das igrejas, das ONG’s, das Comunidades Terapêuticas, demais Associações de Moradores, CONSEG’s, Empresas, e demais órgãos de segurança.

Acredito que enquanto existirem os consumidores de drogas, existirá o tráfico de drogas, então vejo como enfoque principal a prevenção, necessitamos “fechar a torneira”, estamos atuando muito e gastando muito nos efeitos, e quanto estamos gastando nas ações de prevenção, nas questões que envolvem as famílias, as escolas, as comunidades, as crianças e adolescentes, estes jovens carentes em situação próxima da marginalidade ou em condições de vulnerabilidade social, necessitamos de políticas públicas, em especial nas áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos, mais opções de lazer aos jovens, mais educação, mais oportunidades de emprego, mais moradias, melhores condições de vida e sobrevivência, enfim, mais investimentos para fortalecer as ações preventivas da sociedade, divulgação e utilização da mídia neste processo, e fortalecimento das redes de proteção às crianças e adolescentes.

8 – O Observatório Crack é Possível Vencer, vinculado a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça – SENAD-MJ, disponibiliza uma rede de atendimento e capacitação, através da redução de danos, que permite certa tolerância ao uso de drogas, buscando alternativas para ressocialização do dependente, contrapondo a criminalização do indivíduo, no entanto, o consumo de drogas tem aumentado, colocando o país com segundo maior consumidor de cocaína do mundo, chegando ao ponto de receber o apelido nas ruas de “Crack é Possível Vender”, direcionando o problema ao tráfico e não ao dependente, o que está errado?

Resposta- Toda ação voltada na questão de contenção da dependência química é útil, a redução de danos é um método que surgiu com o advento da Aids, e com uma série de medidas visava evitar a proliferação do vírus e de outras doenças com ações de redução de danos, e este método foi direcionado na questão da dependência química, que tem sua utilidade, mas acredito que os vários modelos de tratamento e estratégias médicas, entre outras iniciativas são importantes, o ser humano é complexo, se determinado tratamento não produziu o efeito desejado, o dependente continua com seus agravos e recaídas, e se determinada forma de se tratar não surte um resultado favorável após longo processo de recuperação, é interessante e viável que este paciente adote outra metodologia de tratamento, creio que não podemos ser juízes e pensar em superioridade de procedimentos e métodos, muitas vezes observo que quem atua nesta área de dependência química, na sua grande totalidade julga-se com o saber supremo, dono da razão, que seu método e pensamento é o melhor, que os demais não são tão bons e podem ser desprezados, cria-se um conflito de ideias e propostas, e no meu entender não levam a nenhum resultado, pois quem perde é o doente, é o dependente químico, acredito que temos que unir os esforços de todas as organizações idôneas, independente de qual seja o método, oferecer mais opções de tratamento e reinserção social aos dependentes, e não fazer concorrência de quem é o melhor na metodologia adotada. Há casos que a redução de danos contribui, há casos que existe a necessidade de internação, mesmo que compulsória, devido ao agravo da saúde do paciente e sobre sua impossibilidade de discernir sobre sua real condição de vida, devido aos transtornos e desordens psiquiátricas, pois há casos de mortes por overdose, e por falta de tratamento adequado, então importante a variedade de ações como oportunidades de restabelecer a saúde dos pacientes, logicamente, as organizações, comunidades, entes que trabalham no tratamento devem passar por um crivo de requisitos mínimos de profissionais e recursos para promoverem a saúde dos dependentes químicos.

9 – As drogas lícitas como álcool e tabaco tem glamorização na mídia, incentivando o seu consumo abertamente, isso tem se tornado uma realidade nas redes sociais, embora sua venda seja proibida aos menores de 18 (dezoito) anos, os estabelecimentos comerciais não respeitam a legislação vigente, inclusive na exigência na apresentação de documento para aquisição desses produtos, nos eventos públicos, jogos de futebol, shows, podemos constatar crianças e adolescentes fazendo seu consumo livremente, o que deve ser feito para evitar essas situações? Como os Guardas Municipais devem agir nessa situação? As drogas licitas são o caminho de entrada para o consumo de drogas ilícitas?

Resposta- Acredito que seja necessária uma fiscalização maior por parte dos organismos responsáveis; criar mecanismos de solicitar a participação da sociedade, para que denunciem e participem destas ações; que seja criado um telefone com três dígitos para atendimento de denúncias específicas dos órgãos que desrespeitam a legislação vigente, e que seja um canal aberto de comunicação sociedade e poder público; e que através do poder público seja criada uma comissão permanente dos vários setores do poder público (Saúde, Serviço Social, Conselho Tutelar, Conselho de Drogas, Polícias, Guardas Municipais, ONG’s espcíficas, especialistas no tratamento a dependentes, entre outros) e que seja de âmbito municipal, estadual e federal com objetivo de promover políticas públicas de erradicação de venda de álcool para menores de 18 anos, fiscalização da veiculação pelas redes sociais, enfim, adotando ações necessárias para proteção das crianças e adolescentes.

- As Guardas Municipais podem contribuir fazendo parte destas comissões de promoção de políticas públicas de erradicação de venda de álcool para menores de 18 anos. Podem ainda, realizar fiscalização em conjunto com os setores de fiscalização da Prefeitura nos estabelecimentos comerciais que comercializam bebidas alcoólicas para adotarem e fiscalizarem o cumprimento da legislação pertinente, muitos destes locais não possuem alvará de funcionamento, tem problemas com relação aos requisitos de higiene, que podem ser constatados pela vigilância sanitária; através das rondas escolares da GCM podem fiscalizar e anotar os dados de todos os estabelecimentos comerciais que comercialização bebidas alcoólicas a menos de 100 metros das escolas para solicitar providências de fiscalização pela Prefeitura, Subprefeitura, através de seus agentes de fiscalização, para verificar não somente a questão do comércio de bebidas alcoólicas, presença de jogos de azar, máquinas caça níqueis, entre outras irregularidades.

E com o advento da Lei Federal nº 13.022 de 08 de agosto de 2014, Estatuto Geral das Guardas Municipais, cumprir o artigo 5º que diz o seguinte:

IX - interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades; 

XI - articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de segurança no Município;  

XII - integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia administrativa, visando a contribuir para a normatização e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal;  

XVI - desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente ou em conjunto com os demais órgãos da própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas estadual e federal;  

E um dos principais incisos do artigo 5º do Estatuto Geral das Guardas Municipais que diz o seguinte:

XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e participando de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com a implantação da cultura de paz na comunidade local.  

Através deste inciso todas as Guardas Municipais podem criar grupos similares ao GEPAD – Grupo de Educação e Prevenção às Drogas da GCM-SP para realizar ações socioeducativas preventivas juntos às escolas, promover cursos de capacitação aos professores, através de oficinas desenvolver o senso crítico dos jovens com relação ao uso, abuso e dependência química, realizar reuniões de discussão com os pais e familiares para auxiliá-los a fortalecer a relação pais e filhos, discutindo temas relacionados aos fatores de risco e proteção do uso de drogas que tem enfoque na estrutura familiar, e o GEPAD da GCM-SP poderia capacitar grupos de integrantes de outras Guardas Municipais para serem multiplicadores e atuarem como GEPAD para desenvolverem estas ações. Em muitos cursos de capacitação do Módulo de Polícia Comunitária do Programa Crack “é possível vencer” recebi muitas indagações de por que não existe uma marca das Guardas Municipais, uma ação padrão de atuação, sonho e acredito que um dia poderíamos adotar a doutrina do GEPAD – GCM-SP que aplica o Projeto Luz na escolas, com a filosofia que engloba razão e afeto, ou seja, estabelece-se uma relação de vínculo, de confiança com a educação e com a comunidade e nasce um projeto comunitário, e cria-se uma rede de proteção que se organiza em prol da defesa de crianças e adolescentes com a participação dos educadores, das famílias, dos alunos e dos guardas municipais, fica aí uma ideia para pensarmos para o futuro.

10 – Muitos especialistas defendem que a orientação é a principal medida preventiva para evitar o consumo de drogas, lícitas ou ilícitas, no entanto não temos esse debate ou abordagem ao longo da formação escolar (pública ou privada), não é o momento de se provocar uma agenda para reavaliação da matriz curricular , com inserção desse tema e de outros como educação no trânsito, cidadania, como agir em situações de emergência, direitos humanos? Quais as principais políticas públicas de conscientização ao uso de tabaco, álcool e drogas existentes no Brasil?

É necessário uma vontade política que insira no conteúdo programático de formação dos jovens de forma continuada, ou seja, todos os anos deve ser debatido este assunto.


E os futuros professores devem ter em seu currículo de formação este conteúdo bem trabalho, o que percebo que os professores não são preparados para abordar este tema, tem muitas dificuldades, não se especializam, e evitam abordar este tema em sala de aula, muitas vezes por medo de alunos que são envolvidos com o consumo de drogas, e outras vezes, por desconhecem ou não saberem como abordar este tema junto aos adolescentes, então se omitem e as escolas acabam por optar em convidar instituições e ou pessoas especialistas no tema para abordar o assunto, mas isto não é suficiente.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Da Redação - Entrevista: Inspetor Regional Euclides Conradim, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD (Parte I)

Euclides Conradim ingressou na Guarda Civil Metropolitana de São Paulo em 1987, atualmente ocupa o cargo de Inspetor Regional, se destaca por seu empenho na conscientização da problemática do uso de álcool e outras drogas, participando da coordenação de projetos e das ações socioeducativas e comunitárias da Corporação, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD, Projeto Luz e da Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda, é Multiplicador Nacional de Polícia Comunitária no Programa Crack “é possível vencer”, é Multiplicador de Mediação de Conflitos, é Instrutor No Centro de Formação em Segurança de São Paulo, Especialista em Intervenção Multidisciplinar em Dependência Química, e Conselheiro Municipal de Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas, motivos que o permite abordar o tema e implantar projetos de prevenção às drogas nas periferias da cidade, principalmente nas escolas públicas municipais, seu trabalho se destaca na GCM-SP, tendo profunda respeitabilidade por parte do efetivo. O IR Conradim, como é conhecido, aceitou gentilmente o convite de “Os Municipais” e concedeu entrevista a Wagner Pereira, no dia 08 de julho de 2015, que foi dividida em 4 partes devido a complexidade do tema e a magnitude de seus conhecimentos. 

1 – No Brasil o consumo de álcool tem aumentado consideravelmente, principalmente relacionado às mulheres, estando acima da média mundial, além de alarmantes índices de abusos, constatados em pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde, como o Senhor avalia essa realidade? Quais os motivos que leva a sociedade brasileira a consumir tanto álcool?

Resposta- O consumo de álcool tem crescido muito em nossa sociedade, devido principalmente ao aspecto cultural, as pessoas se reúnem socialmente, em festas, reuniões com amigos, comemorações de qualquer espécie, inclusive religiosas, nas visitas aos familiares, enfim para qualquer evento social, o álcool se faz presente e é oferecido a todos os presentes, e aliado ao aspecto social, observamos a pressão de grupo, que se trata de outro fator de risco, onde as pessoas influenciam a tomada de decisões de outras pessoas ao oferecerem e insistirem para que todos bebam, e por estas pressões sociais, muitas pessoas que até então não bebiam ou bebiam pouco, acabam aumentando a quantidade de consumo alcoólico e a frequência de consumo. E a grande maioria das pessoas acredita que para ter um momento prazeroso e feliz, julga ser indispensável que estes eventos sejam regados com as mais variadas espécies de bebidas alcoólicas.

E aproveitando o momento, pergunto a todos os leitores deste fórum: _ Vocês seriam capazes de promover uma festa ou evento festivo com seus familiares e ou amigos, sem comprar e servir bebidas alcoólicas? Servir sucos, refrigerantes no máximo? Poucas pessoas responderiam não, não seríamos capazes, sentir-se-iam forçadas socialmente e até constrangidas em não oferecer bebidas alcoólicas nestes eventos, tal a força cultural exercida em nosso meio social. E não paro por aí, outro fator que influencia e muito são as propagandas das bebidas alcoólicas, sejam elas televisivas, faladas, escritas, e veiculadas na mídia virtual, onde os profissionais de marketing destas empresas do álcool, como todos sabem colocam mensagens subliminares, aliando o consumo de bebidas com mensagens e imagens de sucesso, homens bebendo acompanhados com mulheres bonitas, cenas de muita alegria e prazer, enfim, não colocam as consequências decorrentes geradoras do uso abusivo ou da doença chamada alcoolismo, doenças como cirrose, delirium tremens, acidentes de trânsito, violência doméstica, agressões, brigas, entre tantos outros fatores decorrentes, e até mesmo coma alcoólico e mortes por overdose.

Com referência ao elevado consumo de bebida alcoólica pelas mulheres verifica-se um fator que é bem notório, trata-se da emancipação das mulheres no mercado de trabalho e em consequência, as mulheres participam dos mais variados eventos sociais que culmina com o contato com bebidas alcoólicas. Nestas últimas décadas tem-se observado que as mulheres têm ocupado cargos e profissões concorrentes com os homens, estão tendo uma vida mais independente, e por estar neste meio social competitivo, sofrem influências do grupo, e aliado a isto, possuem maiores oportunidades de estarem em locais e ambientes propícios ao consumo de bebidas alcoólicas.
E acrescenta-se a este contexto, a fragilidade do corpo feminino que apresenta reações mais potencializadas com quantidade de álcool inferior à ingerida pelos homens.

- Observo ainda que há a necessidade de serem criadas estratégias mais eficazes na redução da venda e do consumo de bebida alcoólica em nossa sociedade, com ações do governo e dos demais setores da sociedade como foi feito com relação à conscientização do tabagismo, que criou e fiscalizou legislações restritivas de consumo, restrições de propaganda na mídia, entre tantas outras ações, que o fumante que anteriormente era prestigiado por fumar em épocas passadas, hoje é discriminado pela sociedade na qualidade de alguém que prejudica a saúde do seu próximo, do fumante passivo.

2 – O consumo de álcool ao volante no Brasil teve uma redução de 45% no períodode 2007 a 2013, segundo dados do Ministério da Saúde, especialistas atribuem com maiores aliados as Leis nº 11.705/2008, e nº 12.760/2012, conhecidas como Leis Secas, trazendo regras severas para a embriaguez ao volante, tendo seu auge com a fiscalização das forças policiais com a utilização do teste conhecido como bafômetro, mas os números continuam alarmantes, porém não há uma abordagem, estudo ou dados de motoristas que dirigem sob efeito de drogas ilícitas, e o que observamos é um afrouxamento nessa fiscalização, que inicialmente é de competência originária dos Estados, o Senhor acredita que a legislação necessita de reformulação para que os Agentes de Trânsito e Guardas Municipais possam compor os Órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, previsto no Código deTransito Brasileiro? 

Resposta- Sem dúvida, acredito que a legislação necessita de reformulação para que os Agentes de Trânsito e o efetivo das Guardas Municipais também possam atuar neste cenário específico, pois estas organizações e a GCM no município seriam os grandes aliados para fortalecer estas ações de fiscalização e monitoramento das legislações pertinentes, e autuar e adotar as providências necessárias aos infratores contribuiria e muito para a redução do consumo de bebidas alcoólicas nas cidades, somos sabedores que seria um processo de conscientização a ser criado, seja pelo meio enérgico, mas necessário para a evolução cultural de nossa sociedade neste aspecto. Concluo que para que haja efetividade da legislação, é necessária fiscalização constante para aplicação eficaz da lei com relação ao consumo de álcool ao volante.

3 – A constatação na redução de casos de embriaguez ao volante não implica diretamente nos casos de violência no trânsito, pois os números são alarmantes, em média 40 mil mortes e 170 mil acidentes por ano no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Saúde (SUS), no cenário mundial é o segundo em mortesenvolvendo acidentes com motos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), neste ano a Guarda Civil Metropolitana passou a atuar com agentes de fiscalização do trânsito, limitada a competência municipal, somente fiscalizar é o suficiente? Como poderia ser desenvolvida a educação no trânsito no âmbito da Cidade de São Paulo com a participação da Corporação?   

Resposta- Fiscalização é importante, mas não é suficiente, educar para prevenir é o melhor e mais precioso investimento para a sociedade, uma sociedade mais consciente e que respeita o direito alheio, vive mais e melhor, e contribui para a redução destes índices negativos de mortes em acidentes de trânsito, principalmente nos casos de embriaguez.

- A Guarda Civil Metropolitana poderia contribuir e muito com a Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda em parceria com a Educação, onde os integrantes desta ação realizariam uma série de oficinas de Educação de Trânsito e Prevenção ao Alcoolismo, temas voltados e adaptados ao público infanto-juvenil das escolas municipais.

- O GEPAD – Grupo de Educação e Prevenção às Drogas da GCM-SP poderia desenvolver ações socioeducativas intersetoriais com os demais órgãos pertinentes nesta temática, e aplicar e ampliar as ações dos projetos de prevenção ao alcoolismo em parceria com a Educação, promovendo uma conscientização e campanhas nas escolas municipais e outros segmentos da sociedade.

- E caso haja um convênio e ou parceria com o DETRAN, através do GEPAD e dos Instrutores de Trânsito da GCM poderíamos realizar uma capacitação e oficinas sobre prevenção ao uso e abuso de bebida alcoólica e as consequências ao dirigir para os futuros motoristas e ou para os motoristas que praticaram alguma transgressão específica que envolva o uso abusivo do álcool.

4 – O consumo de tabaco tem se reduzido no mundo, inclusive no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer vinculado ao Ministério da Saúde, de 1980 a 2010, há uma reduçãode 65%, observamos que existe uma política mundial para conscientização dos danos causados à saúde, restringindo cada vez mais o marketing desse produto, no entanto, em nosso País temos um crescente comércio de cigarros falsificados em razão dos baixos valores de comércio, porém são mais danosos ao organismo, como o Senhor avalia essa situação, em especial a legislação restritiva ao consumo de tabaco?  Essas medidas não poderiam ser adotadas para o consumo de álcool?

Resposta- As medidas adotadas de restrição do uso do tabaco, restringindo o marketing, e restringindo o uso do tabaco nos ambientes internos das repartições e qualquer local de acesso ao público, e as imagens e advertências obrigatórios que devem conter os maços de cigarro, entre outras, foram extremamente importantes e eficazes para a redução do consumo de cigarro pelas pessoas, muitos fumantes deixaram de fumar, a produção de cigarro caiu em virtude da redução da demanda, o que em épocas passadas era um glamour, todos fumavam, hoje os fumantes são discriminados, devido aos efeitos da passividade e da conscientização da sociedade, houve uma mudança de cultura que iniciou por força da lei, da fiscalização, da restrição de marketing, as pessoas com estas medidas tiveram uma maior consciência que se iniciou com ações restritivas e até punitivas, mas que foram necessárias para esta mudança de comportamento social, isto é positivo para a sociedade, hoje o público infanto-juvenil não tem muitos exemplos de pais e familiares fumantes, houve uma grande redução, apesar de ainda termos fumantes.

Com relação ao crescente comércio de cigarros falsificados, são necessárias mais fiscalizações e ações repressivas mais constantes e pontuais pelos órgãos responsáveis para inibir o tráfico deste produto, evitando que ele chegue aos grandes centros urbanos e demais localidades.

Essas medidas deveriam ser adotadas pelo governo e sociedade para reduzir também o consumo de álcool, mas no caso do álcool ainda existem algumas barreiras e resistências que necessitam ser vencidas, a influência do poder econômico que as bebidas alcoólicas representam, dificultam estas iniciativas, as bebidas alcoólicas são consumidas por políticos, patrocinam grandes eventos nacionais e internacionais, produzem empregos, financiam campanhas, financiam diversos tipos de eventos, inclusive eventos esportivos que é uma grande contradição, e observávamos em épocas passadas grandes atletas, jogadores de futebol fazendo parte de comercial de bebida alcoólica, a cerveja, deveria ter restrições aos comerciais e demais propagandas. Aproveito a oportunidade para citar a morte de um jovem estudante universitário que morreu em decorrência do uso abusivo de bebida alcoólica, e alguns estudantes tiveram coma alcoólico, evento universitário este, patrocinado por empresas que comercializam bebida alcoólica, é necessário que as Universidade e Faculdades criem mecanismos preventivos para evitar tais acontecimentos e a influencia destas empresas do álcool no meio estudantil. Mas, acredito que o álcool terá a mesmo fim que o tabaco, se houver empenho dos políticos, da sociedade, da educação e dos órgãos que trabalham na promoção da qualidade de vida e saúde.

5 – A liberação das drogas, em especial da maconha, é objeto de discussão mundial, principalmente após as medidas adotadas pelo Governo do Uruguai, que permite a produção, comercialização e distribuição das drogas, é possível algo similar no Brasil?

Respostas- Com base em dados científicos e pela minha formação acadêmica e experiência profissional respondo com posicionamento contrário à produção, comercialização e distribuição das drogas. A descriminalização do consumo da maconha e ou de qualquer droga ilícita produzirá sérios problemas para a população de nosso país, em especial para as crianças e adolescentes, e por sua vez repercutirão para as famílias brasileiras, gerando enormes prejuízos sociais na área da saúde, econômica, social, cultural, segurança pública, entre outras. A nova legislação 11.343/2006 é atual quando não trata o usuário que porta a droga para consumo como criminoso, mas como usuário, e previu penas suaves, como advertência, comparecimento em programa educativo e multa, o que não agrava a ficha criminal do usuário e o obriga em situações de dependência química a realizar tratamento especializado. Importante esta medida, pois no caso de crianças e adolescentes usuários de drogas, muitas vezes os pais desconhecem sobre esta situação de seus filhos, e este procedimento permite o conhecimento dos fatos e os pais podem neste momento orientarem e direcionaremos filhos que pode a gravar a situação que envolve o contexto das drogas.

Fundamento esta contrariedade da produção, comercialização e distribuição das drogas em nosso país pelos seguintes motivos:

1º) FATOR DE RISCO – O FÁCIL ACESSO:

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde menciona que um dos fatores de risco para o uso, abuso e dependência química é o “fácil acesso”descriminalizar, legalizar ou liberar uma droga para a sociedade é facilitar seu acesso, logo as pessoas teriam mais facilidade de obtenção da droga, entraria na cultura de consumo da sociedade, basta verificar que as drogas mais consumidas são as drogas lícitas, o tabaco e o álcool, e não é coincidência de que são legalizadas, então o número de consumidores aumentará progressivamente e será uma droga muito utilizada em festas, eventos sociais, os jovens adolescentes serão seus principais consumidores e dependentes. E como o cigarro e as bebidas alcoólicas, trarão sérios prejuízos à sociedade. Lembrando que as drogas que mais matam pessoas no mundo são as drogas lícitas, por ser fácil o  acesso a elas.

2º) AUMENTO DE CONSUMO PELOS ADOLESCENTES

Todo empresário visa lucros para suas empresas, os empresários da indústria de maços de maconha visariam lucros, e através de seus profissionais de marketing utilizariam quais estratégias e focariam em qual público alvo para ser seu cliente cativo e vender abundantemente seu produto?

Escolheriam como público alvo, os jovens, e fatalmente ocorreria o aumento de usuários pré-adolescentes e adolescentes. E nas imagens e estratégias de marketing colocariam mensagens subliminares, associadas com sucesso, homens de sucesso, mulheres bonitas, cenas de alegria e prazer, e fatalmente ocorreria um aumento do número de consumidores dependentes da maconha, atingindo o público infanto-juvenil, assim como, existem hoje muitos pré- adolescentes e adolescentes que bebem e fumam, teremos o aumento de pré-adolescentes e adolescentes usuários de maconha. Pensar que o consumo de maconha vai se reduzir é um grande engodo, pelo contrário aumentará o número de consumidores de maconha com o tempo e será um consumo cultural da sociedade, principalmente pelos jovens, e muitos “espertalhões” e “oportunistas” – empresários lucrarão e muito com a dependência química de jovens inocentes, e outros com ONG’s e Comunidades Terapêuticas para fornecer tratamento aos dependentes. E incluam-se os políticos que fazem discursos favoráveis à legalização, por apenas quererem se promover e conquistar este público para ampliar seu repertório de eleitores, visando sua continuidade futura no cargo que se elegeram.

3º) AUMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS DE MACONHA

Quanto mais cedo o indivíduo começa a usá-la, maior é a possibilidade de tornar-se dependente. Toda droga psicoativa de abuso atua no SNC – Sistema Nervoso Central, em especial na área tegumentar ventral, córtex pré-frontal e núcleo acumbens, área chamada de sistema de recompensa, que produzirá um prazer químico artificial, criando um círculo vicioso de estímulo e resposta. Isto ocorrendo na fase da pré-adolescência e adolescência provocará alterações nas funções cerebrais dos jovens que ainda estão em formação, aumentando a probabilidade de se tornarem dependentes.

4º)  MACONHA FAZ MAL PARA SAÚDE
Segundo pesquisas científicas, a maconha faz mal para a saúde. A maconha pode desencadear psicoses irreversíveis, segundo o médico psiquiatra Dr. Valentim Gentil Filho  ocupou o cargo de presidente do conselho diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas durante doze anos. E segundo o médico psiquiatra Dr Ronaldo Laranjeira, que é uma das maiores autoridades no assunto de dependência química, ele apontou que a maconha multiplica por 3,5 vezes a incidência de desenvolvimento de esquizofrenia e também multiplica por 5 vezes as chances de desencadear no usuário o transtorno de ansiedade.

5º) SOU A FAVOR DO POSICIONAMENTO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA QUE MANIFESTA-SE CONTRA A LEGALIZAÇÃO DA MACONHA (http://www.abp.org.br/manifesto/manifesto.pdf

Sou totalmente a favor do manifesto desta Associação, pois ela tem por objetivo proteger a saúde mental da população brasileira, principalmente dos jovens.

6º) LEGALIZAÇÃO DE TODAS AS DROGAS LEVARÁ O BRASIL AO CAOS, BASTA OLHAR OS EXEMPLOS DAS CHAMADAS “CRACOLÂNDIAS” ESPALHADAS PELOS MUNICÍPIOS E ESTADOS BRASILEIROS

Existe uma parcela de pessoas, organizações e políticos que defendem a legalização da maconha, e também defendem a legalização de todas as outras drogas com a mesma objetividade, defendem com argumentação de que a maconha não faz mal para a saúde e de que as pessoas são livres para fazerem o que quiserem com seus corpos, e de que a legalização e ou liberação do consumo das drogas reduzirá a criminalidade e ações dos traficantes. Esta argumentação não tem por base a ciência, tem por base a liberdade de escolha do indivíduo, só que esta liberdade agride o direito de milhões de pessoas que querem preservar a sua saúde e a saúde de seus descendentes. E além do que, o fumante passivo sofre com as mesmas consequências do fumante ativo. E basta olharmos as “cracolândias” existentes, o desgaste e o empenho do poder público, da sociedade para lidar com a questão, e se formos medir os gastos com ações governamentais e os prejuízos causados para a sociedade que são enormes, o que dizer então de proporcionar este fácil acesso  às drogas para a  população, através da legalização das drogas. Analisando as cracolândias, como ficaria a sociedade brasileira ? A quem interessaria este caos social ?
Existem pessoas e grupos que querem ganhar muito dinheiro com as indústrias.

7º) LEGALIZAÇÃO DE QUALQUER DROGA É UM RETROCESSO PARA A SOCIEDADE

Se o governo e a sociedade estão realizando forte campanha e ações para contenção da venda, comercialização e propagando do tabaco e do álcool, que são drogas lícitas, devido aos prejuízos que ocasionam para a sociedade, por que legalizar outra droga ?
Álcool e tabaco são drogas lícitas e são as duas drogas que mais matam no mundo por serem drogas legalizadas.

Pensar que a legalização das drogas resolve é utopia, não teríamos um grande número de pessoas dependentes do álcool e do tabaco.

Pensar que eliminaria o tráfico de drogas também não resolveria, temos tráfico de bebidas falsificadas e de cigarros clandestinos, além de outros tantos produtos piratas.

8º)  A MACONHA PODE DESENCADEAR A ESQUIZOFRENIA, PSICOSES, ENTRE OUTRAS DOENÇAS MENTAIS, SEGUNDO PESQUISA DE MÉDICOS PSIQUIATRAS ESPECIALIZADOS EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA

A maconha é capaz de piorar quadros de esquizofrenia, além de constituir um importante fator desencadeador da doença em indivíduos predispostos. Desse modo, pacientes esquizofrênicos usuários de maconha e seus familiares devem ser orientados acerca dos riscos envolvidos. O mesmo se aplica aos indivíduos com fatores de risco e antecedentes familiares para a doença. Existem evidências que o consumo da maconha podem levar ao aparecimento de sintomas mentais.

1- Dra Analice Gigliotti – Médica Psiquiatra

2- Dr Valentin Gentil

3- Dr Ronaldo Laranjeira - Médico Psiquiatra

4- Cleuza Canan

5- Globo Repórter - Maconha - Os males causados

6- Dr Sérgio Médico Psiquiatra- Efeitos da maconha sobre o cérebro dos adolescentes

7- Dr Hamer Palhares - Médico Psiquiatra

9º) CONSTATADAS DOENÇAS E MORTES POR USO DE MACONHA –

1- Homem morre após desenvolver doença cardíaca provocada pelo uso de maconha da droga. Veja matéria completa: http://www.meionorte.com/noticias/homem-morre-apos-desenvolver-doenca-cardiaca-provocada-pelo-uso-de-maconha-da-droga-265096

2- Aos 31 anos, britânica morre de ataque cardíaco após fumar maconha http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/aos-31-anos-britanica-morre-de-ataque-cardiaco-apos-fumar-maconha,4700854c848e3410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

3-   Adolescente sofre derrames e fica sem enxergar depois de fumar maconha sintética

4-  Estudo liga uso de maconha a câncer de testículo
5-  Jovem sofre overdose ao ingerir maconha e LSD

10 º)  EXEMPLO DE PAÍS DESENVOLVIDO QUE LIBEROU ESPAÇOS PARA CONSUMO DE MACONHA NÃO DEU CERTO, É O CASO DA HOLANDA.  SEGUE MATÉRIA ABAIXO: Exemplos de países desenvolvidos que liberaram espaços para consumo de maconha, fracassaram e no caso da Holanda por exemplo, o governo obriga os coffee shops que vendem maconha a fechar, pois estes locais passaram a ser exportadores da maconha para outros países. No final de 2014, o governo holandês divulgou um estudo em que afirma que 95% da maconha plantada na Holanda é consumida por turistas estrangeiros e exportada para outros países. Muitas coffee shops, inclusive, vendem a droga ou sementes de maconha na internet e enviam por correio “em embalagens discretas”, como anuncia o site da Sensi Seeds.

Leia mais: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/holanda-obriga-coffee-shops-que-vendem-maconha-a-fechar,9f1ec642a03ab410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html